21 novembro 2009
O que dói
- Amooor, chega aqui!
- Que aflição é essa, homem?
- Oh amor, onde é que estiveste tanto tempo?
- Ora, já te fiz falta?
- Não sabia de ti… e perguntar não ofende.
- Sabes que não gosto que me controles!
- Ui! Gosto tanto quando te irritas!
- És um chato...
- Vá lá, chega cá...
- Que foi agora?
- Hum! Estás coradinha… cheirosinha… e, apetitosamente, és minha.
- Eu sei que sim.
- Mas que arisca que te finges… ou é da minha vista?
- Pois… tua sou, mas sou mais eu!
- Olha, estás a ficar muito cheia de ti!
- Não, enganas-te, estou cheia de ti!
- Que disseste?
- Que se amanhã não chover, vai ser um dia bonito.
- Mas o que é que tens? Não te estou a entender.
- Mas a verdade há-de vir à luz… vais só ver!
- A verdade, amor, é que vai doer.
- Sim, amor… mais do que amar, dói viver.
M. Fa. R. (18.11.2009)
01 novembro 2009
Novembro
Adriana Saez Paredes, Crisantemos
Em Novembro, o São Martinho: castanhas e vinho. E lume. E chá quente. Pois, frio. Geada. Roupa mais quente e aconchegada.
Mês de saudade e solidão; de rosários de orações pelos entes queridos que se foram. Todos os Santos. Crisântemos são as flores que alegram o sofrimento das ausências.
M. Fa. R. (17.03.2009)