Imagem: Obama the Messiah
O mundo, hoje, nasceu-me virado ao contrário – acordei nessa nítida sensação.
Preciso de vir, novamente, derramar do meu carma nestas folhas amigas que me entendem, e que mais ninguém conhece, numa tentativa de expurgar os meus erros, apurar o meu saldo.
Fui obrigado a quebrar a minha primeira promessa e agora há quem me acuse de vendedor de ilusões e, até mesmo, de presidente falhado.
Não me deu a paz o Nobel.
Sou obrigado a admitir que recebi uma herança demasiado obesa; tão ou mais do que as palavras que me fizeram deus: “Yes, we can!”.
Encerrar Guantánamo não é assim tão fácil como pensei e prometi; é assunto demasiado pesado para ser resolvido da noite para o dia. Agora percebo que só miraculosamente não seria adiado, quando o maior obstáculo está no julgamento dos detidos e no seu repatriamento. Todavia, em público, não me mostrei desapontado com isso, pois tenho de continuar a ser o messias esperado. Falei e disse que este encerramento é algo tecnicamente difícil e que nos EUA ainda existem várias resistências: “As pessoas, penso que de forma compreensível, têm medo, depois de vários anos em que lhes foi dito que Guantánamo era crítico para manter os terroristas”.
O mundo, hoje, nasceu-me virado ao contrário, mas sinto que lhe dei a volta de modo fascinoso, que de uma maneira simples e convincente, com todo o meu empenho e eloquência, consegui passar uma mensagem credível, para que o mundo não deixe de acreditar em mim e sinta que irei concretizar a minha promessa. Sim, essa será uma realidade: Guantánamo irá ser encerrado no próximo ano. Preciso é de me convencer a mim próprio. E, amanhã, o mundo nascerá do lado certo. Estou certo que: do meu!
Preciso de vir, novamente, derramar do meu carma nestas folhas amigas que me entendem, e que mais ninguém conhece, numa tentativa de expurgar os meus erros, apurar o meu saldo.
Fui obrigado a quebrar a minha primeira promessa e agora há quem me acuse de vendedor de ilusões e, até mesmo, de presidente falhado.
Não me deu a paz o Nobel.
Sou obrigado a admitir que recebi uma herança demasiado obesa; tão ou mais do que as palavras que me fizeram deus: “Yes, we can!”.
Encerrar Guantánamo não é assim tão fácil como pensei e prometi; é assunto demasiado pesado para ser resolvido da noite para o dia. Agora percebo que só miraculosamente não seria adiado, quando o maior obstáculo está no julgamento dos detidos e no seu repatriamento. Todavia, em público, não me mostrei desapontado com isso, pois tenho de continuar a ser o messias esperado. Falei e disse que este encerramento é algo tecnicamente difícil e que nos EUA ainda existem várias resistências: “As pessoas, penso que de forma compreensível, têm medo, depois de vários anos em que lhes foi dito que Guantánamo era crítico para manter os terroristas”.
O mundo, hoje, nasceu-me virado ao contrário, mas sinto que lhe dei a volta de modo fascinoso, que de uma maneira simples e convincente, com todo o meu empenho e eloquência, consegui passar uma mensagem credível, para que o mundo não deixe de acreditar em mim e sinta que irei concretizar a minha promessa. Sim, essa será uma realidade: Guantánamo irá ser encerrado no próximo ano. Preciso é de me convencer a mim próprio. E, amanhã, o mundo nascerá do lado certo. Estou certo que: do meu!
(M. Fa. R. - 24.11.2009)