13 novembro 2019

manifestis in rebus teneri


A vida encarrega-se de nos amarar.
A vida ou alguém,
a ver se nos proscreve em sortilégios de maresias.

Acorrentados de pés e mãos
Ficamos à mercê das águas
Que tanto nos podem beijar
Como bater com força
E afogar, ou quase.

E frustram-se as palavras, 
Rebentando apenas luzes delas 
A sombrejar os mares 
Nos rebordos da alma.

____________
*manifestis in rebus teneri significado

17 comentários:

  1. Se facto, a vida tem condicionantes que limitam o livre arbítrio...
    Um belo poema sentido e expressivo.
    ~~~~

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  2. Boa noite abençoada, querida amiga Fá!
    Que só nos amarremos ao que nos ame!
    Muito bonito seu poema sentimental.
    Tenha dis felizes!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  3. Boa noite Fá,
    Um belíssimo poema!
    Tantas vezes que ficamos à mercê das águas!
    Há que emergir para reabilitar as palavras.
    Um beijinho,
    Ailime

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  4. E a imagem serve perfeitamente ao bonito e profundo (em tantos sentidos) poema. Um abraço!

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  5. A vida é mesmo castradora...
    Mas há que rebentar as amarras e voar, seja nas palavras ou noutra matéria prima qualquer. Para que não nos afoguemos e para que possamos beijar o que amamos.
    Excelente, gostei imenso do teu poema.
    Beijo, querida amiga Fá.

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  6. A vida ou nós próprios criamos essa vida, que tantas vezes nos puxa para trás.
    Boa semana
    Beijo

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  7. Sim, a vida traz-nos, por vezes, momentos
    muito dolorosos, em que temos de agarrar
    ao que de mais seguro temos em nós para
    não soçobrarmos.

    Um poema. Um retrato. Gostei muito, Fá.

    Beijo

    Olinda

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  8. Às vezes depende de nós, outras nem por isso. Umas vezes justa, outras injusta. Há vidas muito complicadas e difíceis de levar. Aparentemente parece simples mas não é!
    A fotografia dá para refletir... bonita!
    Beijo

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  9. E a vida é mesmo isso... um contornar contínuo de condicionalismos... para não se ficar estagnado...
    Como sempre, um post de excelência, Fá!
    Finalmente também passando de novo, neste cantinho, após estas semanas super ocupadas, em que não o consegui fazer... e após esta situação de não conseguir aceder aos blogues do Blogger, que durante uns dias, também me deixou de mãos amarradas!...
    Beijinhos!
    Ana

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  10. Poema bem conseguido e uma imagem quieta, de uma beleza rara.
    Que a água nos seja branda, quando a ela somos atirados!
    Bom ano de 2020!
    Abraço.

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  11. Verdade, Fa! Mas ainda acredito que, na parte das vezes, tecemos as nossas mais fortes amarras! Belo post, amiga; boa semana, meu abraço!

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  12. Voltei a ler o belo poema... Assim é a Vida.

    Reflexivo é o comentário do nosso amigo Árabe...

    Beijinhos
    ~~~~

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  13. Deliciosamente belo

    Cumprimentos

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  14. Querida Fá,
    as vezes fica essas amarás são tão fortes, que fica quase impossível desatar os nós.
    Muito lindo seu poema.
    Beijos, Deus abençoe você sempre 🌷🌹🌼

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  15. Talvez seja uma forma de nos fortalecer. E as palavras jamais perderão suas luzes, se abraçarem o amor. Bjs.

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  16. Sem dúvida temos de aprender a nos defender, a viver uns altos e baixos
    com mais sabedoria, sabendo sempre que, assim como as coisas boas podem terminar, as coisas ruins também, tudo vai e volta, é o ciclo da vida.
    Belo poema, querida Fá.
    Uma boa semana, saúde e paz...como precisamos!
    Beijinho
    Taís Luso C.

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«a vida, a meu ver, é polarizada entre a prosa – ou seja, as coisas que fazemos por obrigação, que não nos interessam, para sobreviver – e a poesia – o que nos faz florescer, o que nos faz amar, comunicar. E é isso que é importante.»
(Edgar Morin)
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