Sem pão e sem amor
Sem sequer uma côdea com bolor
Que lhe caia na mão
Aos tropeções por essa vida
Sem esgar na noite entorpecida
À espera de aquecer o coração
Anda perdida qual mendigo
Muita gente em nosso mundo
Matando o ar em campo nu de trigo
Que já foi seu e que ardeu
Quem lhe roubou o seu pedaço de pão
Quem lhe sacou o coração e o pisou
Fingindo bem-fazer
Dizia que era dia e fez a noite
E continua airosamente a sussurrar
Que o pão dos outros é ateu
Que só quem o tem o mereceu
E que o dia de mais pão há-de chegar
Mas eu grito enquanto a voz não me doer
Enquanto a noite escura estiver
Enquanto eu vir ainda um pouco mais além:
Nunca é de mais salientar determinados factos.
ResponderEliminarNunca é de mais clamar por mais justiça e pão.
Nunca é de mais clamar pela dignidade.
Beijo :)
E é bom falar, gritar talvez, a ver se essa distância diminui,pois só a temos visto a aumentar...
ResponderEliminarBj
Maria Mamede
Talvez um dia se levantem do chão
ResponderEliminarO teu canto e o nosso grito por mais paz, amor e pão.
ResponderEliminarO mundo continua a queimar as searas de pão e os corações aflitos morrendo abandonados sem nada.
Criou-se uma sociedade vazia em que os políticos prometem mas não cumprem e apenas se protegem a eles e aos amigos.
Caminhamos ainda para a parte pior.
Destruíram a família e ensinam o desprezo pelos princípios básicos que nos têm orientado.
Quem ama sempre grita pela igualdade.
ResponderEliminarUtilia
Belíssimo!
ResponderEliminarUm BLOG agradável como a música!
Harmonia, sinfonia, suavidade que faz desejar dançar.
Parabéns
Salete
Belo poema, assim como belos são seus gestos. Também gosto de escrever poemas sociais, uma forma que encontro de clamar, chamar atenção para o que precisa ser olhado com mais atenção, respeito e carinho.
ResponderEliminarbjos. Jesus te abençõe! =*
Ola Fá
ResponderEliminarComeço por te desejar uma boa semana e também dar-te os parabéns por este excelente poema! Deves, devemos todos gritar e continuar a vêr um pouco mais além.
Olha eu já li tantas vezes este poema que já o sei de cor! :-)
Bjs
José
E há tantas formas de roubar o pão dos outros...
ResponderEliminarDesde assaltar a casa do vizinho ou um banco, até não pagar os impostos ou trabalhar e receber o subsídio de desemprego ou de baixa por doeça...
Em qualquer caso, com ou sem roubos, o teu poema é excelente.
Querida amiga, boa semana.
Um beijo.
Não basta ter razão
ResponderEliminarnem só o coração
é preciso acção
contra a indiferença
o poema é actual e está muito bom.
ResponderEliminarbonita partilha.
beij
nunca é demais desmascarar as injustiças ,porque
ResponderEliminar"água mole em pedra dura ,tanto bate até que fura"
.
um beijo
E este grito pelo pão
ResponderEliminarcorre pelo mundo inteiro
com tanta dor no coração...
alguém o oiça, pois então!...
Bjinho
Roubando o pão dos outros.A cobiça não conhece muito piedoso .
ResponderEliminarUma boa saúde.
Sempre actual, infelizmente.Boa semana, Beijo
ResponderEliminarA justiça corre nos nas veias.
ResponderEliminarComo o sangue
Gostei