28 dezembro 2011

Poema partido





Faz de conta que o frio casa com a fogueira
Faz de conta que a neve se deita com o mar
Faz de conta que o beijo se bebe à distância de um verbo
Faz de conta que o abraço se cinge no olhar

Faz de conta que a chuva se enamora do sol
Faz de conta que o céu se cristaliza de sal
Faz de conta que a paixão é um verso perdido
Faz de conta que o amor é um poema partido
Faz de conta que a dor é um doce sinal

Faz de conta que a lua é um manto
Faz de conta que a maré é um barco ancorado
Faz de conta que o amor é o mar
Faz de conta que as ondas são rios de luar
Faz de conta que a espuma é chegada e partida
Faz de conta que a sorte é um jogo de azar

Faz de conta que a sede se sacia no vento
Faz de conta que a fome se aplaca com o tempo
Faz de conta que o calor é um gemido
Faz de conta que a lágrima é uma prece
Faz de conta sem conta ou medida
Faz de conta que a paz se conquista na vida
Faz de conta que na vida tudo se esquece

Faz de conta…
Faz de conta…
Faz de conta…



Faz de conta que o Novo Ano será para ti aquilo que mais desejares que seja!


Bom Ano de 2012!

05 dezembro 2011

poderá também gostar de:

Tons Maiores: