Chocolates, amêndoas, rebuçados, bolos e bolinhós; crepes, pudins, nougats de amendoins, farófias ou filhós… só escondidos, senão… senão lá ia o Serafim logo meter a mão.
– “Desta idade em que estou nunca o doce me amargou!” – era sempre o seu refrão.
– Serafim, não mexas aqui! – avisava-o a mãe quando acabava de fazer o pudim.
Ah, pois não! À tarde, quando quase chegavam as visitas para um lanche, já lá faltava um quinhão.
– Serafiiiiimm!!... – clamava ela –, agora vou pôr na mesa isto assim? Que vergonha! Isto não se faz!... mas quando é que tu aprendes, rapaz?!... Tenho agora que me desenrascar com a lata das bolachas… ai, não!... – aflição! – também ela já vai a meio… e agora? Maldita hora!... Oh, Serafim, mas será que eu falo latim?!
estou a sorrir e a imaginar a cara da mãe do Serafim.
ResponderEliminara imagem faz crescer água na boca.
beijo
Como podia o Serafim resitir a tanta guloseima ? Nem os adultos conseguem !
ResponderEliminarOlá Fá, como é reconfortante lê-la! Além da sua excelente escrita o tema que narra fez-me sorrir, porque me transporta a tempos em que situações como esta aconteciam. (Não era eu não:)), era um das minhas manas). Beijinhos e bom domingo. Ailime
ResponderEliminar*
ResponderEliminarSerafim,
tira a mão do pudim . . .
,
esta é nova,
(com barbas)
,
doces conchinhas,
deixo,
*
Pois cá comigo também seria latim!
ResponderEliminarSou cá um guloso!...
Beijinho para si!
Ai que bom, que bom! (O relato e as coisinhas boas) Como resistir?!
ResponderEliminarBeijinho
Quantas vezes ouvi isso em criança??? Muitas! Era uma época difícil em que nas aldeias só existiam algumas poucas mercearias. Quando vinha uma visita era preciso que houvesse pelo menos umas bolachas. Mas...quantas vezes elas já não estavam na lata? E lá ia a mãe, aflita pedir-nos que um de nós( eu ou o meu irmão ) corresse à mercearia pegar mais bolachas. Naquela hora não havia tempo para ralhetes; estes vinham depois... Beijinhos, Fá e obrigada por me teres feito voltar ao meu tempo de criança lá na aldeia onde nasci. Um beijinho e boa noite
ResponderEliminarEmília
Há muitos Serafins...
ResponderEliminarBeijo, querida amiga.
Caramba, como come o Serafim! Será que essa voracidade não tem fim? :) Boa semana!
ResponderEliminarTodos nós já tivemos os nossos momentos de Serafins...valeu, Fa!
ResponderEliminarUm delicioso fim de semana!!!
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ResponderEliminar.
. o doce . tão doce . sempre e.terno . e nunca amarga .
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. a língua é a visão . à qual não resistimos . ir.remediavel.mente .
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. um beijo meu . um bom domingo .
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O Serafim era igual a mim...
ResponderEliminarEste post já tem anos, mas pelo que percebi "refrescaste" a data... ainda bem.
Beijo, querida amiga Fá.
Fez-me lembrar o meu avô João, que era muito guloso (e eu saí a ele...)
ResponderEliminarTinha muito por hábito repetir: o doce nunca amargou!
Bom fim de semana!
compreendo o Serafim! :)
ResponderEliminarO que é proibido é mais apetecido , dizem eles. Quantos mais nãos, pior se torna, será melhor usar outra linguagem ! O rapaz tem muitas carências afetivas. O distanciamento social , imperativo dos especialistas, acentua ainda mais essas carências!
ResponderEliminarUma semana preenchida de carinho, ternura, beijinhos, abraços, palavras doces, gestos calmos .
Anda muita gente como os queijos…vazios por preencher! Eu também tenho os meus!
Da minha parte, um beijinho amigo.
Tive que rir, Fá! Muito bom seu conto. Assim são as crianças!!! Bjs.
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