03 setembro 2009

Grito

 
[Edward Munch, O Grito]

Grito
Mas só me responde o eco.
Depois faço silêncio
Na escuridão.
Os sons abafados dos pensamentos
Surgem então como lamentos
Neste beco sem saída
Onde não sei ser chegada
Nem ponto de partida
Mas antes encruzilhada
De encontros
Desencontros
Desencantos
Ausências
Prantos…
Mas, ainda assim,
Vida.
É bebida de absinto
Que faz de mim labirinto
Charneca de desenganos
Claustros murados
Profanos
Um mundo de turbilhões
Ruelas de dor
Desalento
Velas rasgadas ao vento
Que sopra desilusões.
E grito
Mas só me responde o eco.

(08.08.2009)
Poema também editado em: Porosidade Etérea em 09.09.2009

01 setembro 2009

Setembro


Setembro traz as cores quentes do Outono e o regresso à escola. Traz a despedida do Verão e a nostalgia ao coração. Já traz chuva, e com ela, o cheiro agradável a terra molhada; mas não a suficiente para evitar que as fontes possam secar. É tempo afadigado de cortar o arroz; e tempo alegre de vindimar.

M. Fa. R. (17.03.2009)

poderá também gostar de:

Tons Maiores: